quinta-feira, 20 de agosto de 2009

ALMAS PERFUMADAS

Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta.
De sol quando acorda.
De flor quando ri.

Ao lado delas, a gente se sente
no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda.

Ao lado delas, a gente se sente
comendo pipoca na praça.
Lambuzando o queixo de sorvete.
Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher.

O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus.

De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.
Ao lado delas, a gente sabe
que os anjos existem e
que alguns são invisíveis.

Ao lado delas, a gente
se sente chegando em casa
e trocando o salto pelo chinelo.
Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso.

Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.

Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra.

Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza.

Ao lado delas, a gente se sente
visitando um lugar feito de alegria.
Recebendo um buquê de carinhos.
Abraçando um filhote de urso panda.
Tocando com os olhos os olhos da paz.

Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo que a gente não largava.
Do acalanto que o silêncio canta.
De passeio no jardim.

Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e
que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo.

Corre em outras veias.
Pulsa em outro lugar.

Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos, Deus está conosco, juntinho ao nosso lado.
E a gente ri grande que nem menino arteiro

ISSO É TUDO QUE SINTO QUANDO ESTOU COM VOCÊ ...
TE AMO!!!!



AMOR SEM ILUSÃO

Conta-se que um jovem caminhava pelas montanhas nevadas da velha Índia, absorvido em profundos questionamentos sobre o amor, sem poder solucionar suas ansiedades.
Ao longo do caminho, à sua frente, percebeu que vinha em sua direção um velho sábio.
Aproximou-se e falou com verdadeiro interesse: – Senhor, desejo encontrar minha amada e construir com ela uma família com bases no verdadeiro amor. – Todavia, sempre que me vem à mente uma jovem bela e graciosa e eu a olho com atenção, em meus pensamentos ela vai se transformando rapidamente.- Seus cabelos tornam-se alvos como a neve, sua pele rósea e firme fica pálida e se enche de profundos vincos. – Seu olhar vivaz perde o brilho e parece perder-se no infinito. Sua forma física se modifica acentuadamente e eu me apavoro.
- Desejo saber, meu sábio, como é que o amor poderá ser eterno, como falam os poetas?
Nesse mesmo instante aproxima-se de ambos uma jovem envolta em luto, trazendo no rosto expressões de profunda dor. Dirige-se ao sábio e lhe fala com voz embargada: – Acabo de enterrar o corpo de meu pai que morreu antes de completar 50 anos. – Sofro porque nunca poderei ver sua cabeça branca aureolada de conhecimentos.
- Não verei suas mãos enrugadas tomando as minhas com profundo afeto.
Nesse momento o sábio dirigiu-se ao jovem e lhe falou: – Você percebe agora as nuanças do amor sem ilusões, meu jovem? – O amor verdadeiro é eterno porque não se apega ao corpo físico, mas se afeiçoa ao ser imortal que o habita temporariamente. – É nesses sentimentos sem ilusões nem fantasias que reside o verdadeiro e eterno amor.
Todos nós que buscamos as belezas da forma física sem observar as grandezas da alma imortal. O sentimento que valoriza somente as aparências exteriores não é amor, é paixão ilusória.
O amor verdadeiro observa, além da roupagem física que se desgasta e morre, a alma que se aperfeiçoa e a deixa quando chega a hora, para prosseguir vivendo e amando, tanto quanto o permita o seu coração imortal. Pense nisso!

O corpo humano, por mais belo e cheio de vida que seja, um dia envelhece e morre. Mas as virtudes do espírito continuam vivas nos sentimentos daqueles que as souberam apreciar e preservar, no frasco do coração.

VI NO PENSAMENTOS LUCENA

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

FECHAR OS OLHOS

FECHO OS OLHOS
FECHAR OS OLHOS NÃO E DÍFICIL,
DÍFICIL MESMO É ESVAZIAR A MENTE.
É FAZER COM QUE ELA LEVE AGENTE,
PARA UM MUNDO PARALELO.
TODA ESSA LOUCURA,
TODA ESSA LUXURIA,
TODO ESSE TEMPO,
QUE POR SI SÓ,
SIMPLESMENTE PASSOU,
E NA NOSSA FRENTE NÃO PAROU.
GOSTAR DO QUE VEMOS E ESÊNCIAL,
PARA QUE NÃO TENHAMOS QUE FECHAR OS OLHOS.
PARA QUE SIMPLISMENTE OS OLHOS,
PEÇAM-NOS A VISÃO DA NOSSA REALIDADE.
MAIS O QUE FAZER,QUANDO...
OS OLHOS NÃO QUEREM VER
A REALIDADE CRUEL,
QUE A VIDA NOS TRAZ.
A INVEZ DE FECHÁ-LOS
LUTE PARA MANTE-LOS ABERTOS,
POIS UM DIA IRÁ USAR,
DESSAS LEMBRANÇAS,
PARA RELEMBRAR UM PASSADO,
AMARGO.....
DOCE...
OU SALGADO.


AUTORA: ELAINE GRAZIELA R. DA SILVA

 
©2007 Elke di Barros Por Templates e Acessorios