A LENDA DAS ALIANÇAS
"Baseada em histórias contadas pelo povo, sem comprovação de sua autenticidade. Por isso trata-se de LENDA"
Num reino distante, numa época que não se sabe precisar, o rei anunciou o casamento de sua única e amada filha. Como não havia nenhum pretendente (e naquele tempo era comum o pai escolher o marido da filha), a princesa sugeriu que o homem que lhe desse o presente mais original, criativo, teria sua mão em casamento.
Todos os homens do Reino se animaram com a idéia. Já que ela não faria distinção entre nobres e plebeus, todos alimentaram a esperança de fazer parte da Família Real.
O prazo para a entrega dos presentes seria de um mês.
A notícia correu o Reino. E foi chegar numa província distante, onde vivia um solitário, jovem e belo ferreiro. Alguns anos antes, numa visita à capital, pôde ver a princesa saindo em seu coche. Aquela imagem nunca lhe saiu da cabeça. Ele amou a Princesa, mas jamais imaginou que sequer pudesse tocá-la. Até olhar tinha medo. Temia ser preso pelos guardas reais.
A partir da segunda semana alguns presentes começaram a chegar ao castelo. Eram fazendas dos mais nobres tecidos, bordados, todos muito lindos, de valor incalculável, mas nenhum deles tocava o coração da princesa.
No fim da segunda semana do prazo dado pelo Rei, o jovem ferreiro estava triste. Tinha a chance de tentar conquistar a princesa, mas, por ser pobre, o que poderia lhe oferecer? Havia tantos nobres no Reino que iriam chegar mais perto do coração. Olhava o céu estrelado quando pediu um sinal, uma luz. E ela veio na forma de uma estrela cadente. O ferreiro correu para sua casa.
A princesa estava desanimada. Tantos presentes, tanto luxo, tanto brilho, mas nada lhe seduzira. O Rei a consolava e pedia que tivesse paciência.
Uma semana depois, o ferreiro havia terminado seu trabalho. Simples, coube numa caixa que ele guardou no bolso da calça surrada. Preparou comida e cobertas, pois a viagem até o castelo levaria uma semana em sua charrete.
A princesa praticamente jogava a toalha. Faltava apenas um dia para o fim do prazo e nenhum pretendente havia dado o presente original. A semana tinha sido difícil. Chovera em praticamente todo o reino e isso atrasou e muito a viagem do jovem ferreiro. Mas ele conseguiu chegar faltando poucos minutos para acabar o prazo. Os guardas não queriam deixá-lo entrar, mas o Rei apareceu e ordenou que ele entrasse no castelo. Pega o singelo presente numa caixinha preta revestida de veludo e dirige-se ao aposento da filha. Algum tempo depois, Rei, Rainha e Princesa aproximam-se. O jovem ferreiro quase trava de tanta alegria ao ver a mulher de sua vida tão perto:
[Rei] Viemos conversar com o senhor, porque queremos saber o que é isso que o senhor presenteou minha filha.
[Ferreiro] Eu chamei isso de aliança.
[Rei] Por que duas? E por que a grande tem o nome da minha filha e a menor tem o seu nome?
[Ferreiro] Como disse, é aliança. O meu nome no adorno a ser usado por ela vai ficar em contato permanente com a pele dela. E o dela no meu, idem. Seremos “aliados” no amor, daí o nome “aliança”.
[Rei] O material é feito de ouro. Por que usaste o ouro?
[Ferreiro] Era uma pedra que eu tinha, minha mãe me deixou pouco antes de falecer. O ouro é o mais nobre dos metais, assim como o amor é o mais nobre dos sentimentos.
[Rei] Agora, qual o significado desses dois anéis?
[Ferreiro] Ele é o símbolo do amor. Olhe bem pra eles. Eles não tem começo, não tem meio, não tem fim. Ele apenas existe. É isso que importa: haver o amor mais sincero, verdadeiro, eterno. Simbolizar a vida dos dois, o amor que um sente pelo outro, os filhos que Deus confiar ao casal que tem esse amor no coração. Foi isso que eu quis presentear sua filha.
Num reino distante, numa época que não se sabe precisar, o rei anunciou o casamento de sua única e amada filha. Como não havia nenhum pretendente (e naquele tempo era comum o pai escolher o marido da filha), a princesa sugeriu que o homem que lhe desse o presente mais original, criativo, teria sua mão em casamento.
Todos os homens do Reino se animaram com a idéia. Já que ela não faria distinção entre nobres e plebeus, todos alimentaram a esperança de fazer parte da Família Real.
O prazo para a entrega dos presentes seria de um mês.
A notícia correu o Reino. E foi chegar numa província distante, onde vivia um solitário, jovem e belo ferreiro. Alguns anos antes, numa visita à capital, pôde ver a princesa saindo em seu coche. Aquela imagem nunca lhe saiu da cabeça. Ele amou a Princesa, mas jamais imaginou que sequer pudesse tocá-la. Até olhar tinha medo. Temia ser preso pelos guardas reais.
A partir da segunda semana alguns presentes começaram a chegar ao castelo. Eram fazendas dos mais nobres tecidos, bordados, todos muito lindos, de valor incalculável, mas nenhum deles tocava o coração da princesa.
No fim da segunda semana do prazo dado pelo Rei, o jovem ferreiro estava triste. Tinha a chance de tentar conquistar a princesa, mas, por ser pobre, o que poderia lhe oferecer? Havia tantos nobres no Reino que iriam chegar mais perto do coração. Olhava o céu estrelado quando pediu um sinal, uma luz. E ela veio na forma de uma estrela cadente. O ferreiro correu para sua casa.
A princesa estava desanimada. Tantos presentes, tanto luxo, tanto brilho, mas nada lhe seduzira. O Rei a consolava e pedia que tivesse paciência.
Uma semana depois, o ferreiro havia terminado seu trabalho. Simples, coube numa caixa que ele guardou no bolso da calça surrada. Preparou comida e cobertas, pois a viagem até o castelo levaria uma semana em sua charrete.
A princesa praticamente jogava a toalha. Faltava apenas um dia para o fim do prazo e nenhum pretendente havia dado o presente original. A semana tinha sido difícil. Chovera em praticamente todo o reino e isso atrasou e muito a viagem do jovem ferreiro. Mas ele conseguiu chegar faltando poucos minutos para acabar o prazo. Os guardas não queriam deixá-lo entrar, mas o Rei apareceu e ordenou que ele entrasse no castelo. Pega o singelo presente numa caixinha preta revestida de veludo e dirige-se ao aposento da filha. Algum tempo depois, Rei, Rainha e Princesa aproximam-se. O jovem ferreiro quase trava de tanta alegria ao ver a mulher de sua vida tão perto:
[Rei] Viemos conversar com o senhor, porque queremos saber o que é isso que o senhor presenteou minha filha.
[Ferreiro] Eu chamei isso de aliança.
[Rei] Por que duas? E por que a grande tem o nome da minha filha e a menor tem o seu nome?
[Ferreiro] Como disse, é aliança. O meu nome no adorno a ser usado por ela vai ficar em contato permanente com a pele dela. E o dela no meu, idem. Seremos “aliados” no amor, daí o nome “aliança”.
[Rei] O material é feito de ouro. Por que usaste o ouro?
[Ferreiro] Era uma pedra que eu tinha, minha mãe me deixou pouco antes de falecer. O ouro é o mais nobre dos metais, assim como o amor é o mais nobre dos sentimentos.
[Rei] Agora, qual o significado desses dois anéis?
[Ferreiro] Ele é o símbolo do amor. Olhe bem pra eles. Eles não tem começo, não tem meio, não tem fim. Ele apenas existe. É isso que importa: haver o amor mais sincero, verdadeiro, eterno. Simbolizar a vida dos dois, o amor que um sente pelo outro, os filhos que Deus confiar ao casal que tem esse amor no coração. Foi isso que eu quis presentear sua filha.
Um ano depois, a princesa e o jovem ferreiro tiveram o mais belo casamento que o Reino jamais havia visto. E o casamento dos dois durou mais de sessenta anos.
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